Nas últimas duas semanas, dirigentes dos principais clubes de futebol começaram a ser convocados pela Rede Globo para discutir os direitos de transmissão das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Seja na grama natural ou sintética, há cinco décadas a emissora da família Marinho é dona da bola. Desde que passou a monopolizar a transmissão das partidas na tevê aberta e, mais tarde, a mina de ouro do pay-per-view no cabo, tornou-se para os times uma parceira mais importante do que a própria CBF. Sem o fôlego financeiro do passado e fustigada por novos e poderosos concorrentes, a Globo corre contra o tempo para manter as agremiações sob suas asas. Os atuais contratos terminam no próximo ano e a empresa quer estendê-los até 2030.
Não está fácil e a razão é a guerra travada entre os clubes desde o início das negociações para a criação de uma liga nacional que encare os campeonatos de maneira unificada, como acontece nos países europeus. Acostumados ao cada um por si, os times nacionais mostram-se incapazes de pensar no bem comum. Neste momento, as 40 equipes das duas principais divisões se dividem em três grupos, a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), a Liga Forte do Futebol (LFF) e o Grupo União. E tem sido um deus nos acuda.
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