Esporte

Entidade pede à Justiça indenização de R$ 750 milhões da CBF e da Conmebol por casos de racismo

Para a Educafro, as duas entidades são omissas diante de atitudes racistas nos gramados

Entidade pede à Justiça indenização de R$ 750 milhões da CBF e da Conmebol por casos de racismo
Entidade pede à Justiça indenização de R$ 750 milhões da CBF e da Conmebol por casos de racismo
Luighi, jogador do Palmeiras. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A Educafro, entidade representativa do movimento negro, acionou nesta sexta-feira 21 a Justiça do Distrito Federal para cobrar da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da confederação sul-americana (Conmebol750 milhões de reais em indenização por danos morais coletivos decorrentes de casos de racismo em partidas de futebol no continente.

Um dos casos que motivaram a iniciativa envolveu o jovem jogador brasileiro Luighi em uma partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, no Paraguai, pela Libertadores Sub-20. A transmissão flagrou um torcedor imitando um macaco na direção do atacante.

O documento da Educafro também menciona a afirmação do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, de que a eventual ausência de equipes brasileiras transformaria a Liberadores em um “Tarzan sem Chita”. O Ministério Público Federal ainda investiga se houve omissão da CBF diante de casos de racismo no futebol.

Na representação, a Educafro sustenta que as duas entidades são omissas diante de atitudes racistas nos gramados. “A intervenção do Judiciário brasileiro se faz necessária para assegurar a devida reparação do dano coletivo, bem como para exigir compromissos efetivos da entidade desportiva na prevenção e repressão de manifestações racistas em suas competições.”

A indenização solicitada, segundo a entidade, equivale a 20% do faturamento bruto anual das duas confederações. A intenção é que o montante seja repassado a um fundo público para ajudar a pagar os prejuízos à comunidade afro-brasileira. Há também um pedido para que a Conmebol seja obrigada a apontar um representante legal no Brasil.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo