Esporte
Em primeiro dia de análise, defesa de Daniel Alves pede suspensão de julgamento
O Ministério Público espanhol solicitou pena de nove anos de prisão para o jogador


A defesa do jogador Daniel Alves, acusado de agressão sexual por uma mulher em uma boate em Barcelona, na Espanha, pediu a suspensão do julgamento iniciado nesta segunda-feira 5.
Segundo os advogados de Alves, o vazamento de informações sobre o processo na imprensa criou um “processo paralelo”, o que, na visão da defesa do atleta, pode influenciar na decisão judicial.
Os defensores entregaram à Corte julgadora cerca de 450 documentos que alegam provar que a veiculação constante de informações sobre o processo, retratando Daniel como “agressor sexual”, viola a presunção de inocência do réu.
Para eles, além da opinião pública, os três juízes responsáveis pela análise do caso também podem ter sido impactados pelas informações da mídia.
A Corte deverá se manifestar sobre os pedidos preliminares da defesa ainda nesta segunda-feira. A expectativa é de que o julgamento dure pelo menos três dias, quando serão ouvidos depoimentos da vítima, testemunhas e do atleta.
No fim de novembro, o Ministério Público espanhol solicitou uma pena de nove anos de prisão para Alves, que está em prisão provisória desde janeiro.
A Corte que analisará o caso do jogador é composta por três juízes que proferirão uma sentença em conjunto. Não há prazo estipulado para que o tribunal tome a decisão final no caso. Alves tende a seguir preso preventivamente até que o caso seja encerrado. A medida visa evitar uma fuga do jogador para o Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Instituto tira o nome e foto de Daniel Alves de sede após prisão por estupro
Por CartaCapital
TV espanhola exibe trechos inéditos do depoimento de Daniel Alves, preso por estupro
Por Caio César