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Em novo áudios, Robinho muda de versão e passa a admitir ter feito sexo com vítima de estupro

Novos trechos do grampo telefônico mostram jogador comentando sobre o crime com colega também condenado pela Justiça italiana

Jogador Robinho. Créditos: EBC Jogador Robinho. Créditos: EBC
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O jogador Robinho mudou a versão inicial enquanto sofria acusações de ter participado de um estupro coletivo em uma boate em Milão, na Itália, e passou a admitir que fez sexo com penetração na vítima. A informação consta em um trecho da interceptação telefônica contra o jogador, revelado pelo site UOL nesta sexta-feira 30.

Nas conversas, o jogador expõe a seu colega Falco os detalhes dos eventos de forma explicita e depreciativa. Os dois discutem na ligação em questão – interceptada com autorização da Justiça – os depoimentos dados para a polícia. 

“É, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá”, admite Robinho em uma mudança evidente de versão. No início, o jogador negava relações.

Embora aleguem consentimento da vítima, os dois apontam que a jovem estava embriagada, motivo pelo qual a Justiça entendeu que houve estupro. Falco ainda afirma na conversa ter mentido em depoimento sobre o envolvimento do jogador no ato. 

“Dei depoimento, falei toda a verdade para o meu advogado. Só não falei que você comeu a mina”, disse o amigo.

Falco ainda se mostrou incomodado pelo relato dado pelo atleta à Justiça, por entender que a narrativa apresentada por Robinho fez com que o Ministério Público o incluísse como suspeito.

“Posso falar, mano? Não precisa estudar para ser inteligente. Eu cheguei à conclusão que a defesa que seu advogado usou para defender você foi a pior de todas. Ele quer tirar o sofrimento das suas costas, jogar no meu, conclusão: ele quer provar pros caras que eu sou armado com a mina e que eu te levei, com a intenção de comer ela e fazer essa putaria pra falar assim: ‘Pô, então realmente…'”, disse Falco.

Em outro trecho, Robinho promete ajudar financeiramente o amigo, o indicando para algum cargo público.

“Se eu for voltar pro Brasil, eu te coloco pra trabalhar na prefeitura lá que é uma teta. Igual os caras… os caras ganham 2 conto”, disse. 

A dupla revela também o temor vivido quando o vestido que a vítima usava no dia do crime foi levado para a perícia em busca de vestígios de DNA. 

“Eu também fiquei com medo disso aí”, conta Robinho.

A possibilidade de encontrarem esperma nas roupas de jovem fez com que a dupla mudasse de versão. Falco alegou ter se masturbado próximo à vítima e Robinho admitiu ao MP ter feito sexo oral com a mulher. 

Robinho e Falco foram condenados a nove anos de prisão por estupro coletivo. Da decisão proferida pela Justiça italiana, não cabe mais recurso. A Justiça brasileira avalia, nesse momento, a possibilidade do jogador cumprir a pena no Brasil. O STJ deve decidir na próxima semana sobre a admissão de sentença estrangeira e execução da pena no País. 

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