Esporte

CPI das Apostas Esportivas aprova plano de trabalho e chama o dono do Botafogo

O colegiado deu aval a 32 requerimentos com convites para depoimentos e pedidos de compartilhamento de informação

Os senadores Jorge Kajuru e Romário na CPI das Apostas Esportivas. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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A CPI das Apostas Esportivas aprovou nesta quarta-feira 17 o plano de trabalho apresentado pelo relator, Romário (PL-RJ). O colegiado também deu aval a 32 requerimentos com convites para depoimentos e pedidos de compartilhamento de informação.

Um dos requerimentos aprovados é o convite ao dono do Botafogo, John Textor, que denunciou uma suposta manipulação de resultados no futebol. Ele deve comparecer à CPI na próxima segunda-feira 22, às 15h.

Segundo o plano do relator, a CPI buscará identificar supostas estruturas criminosas por trás da manipulação de placares. Romário informou que solicitará o compartilhamento de dados da Câmara dos Deputados sobre o tema.

Com base em uma pesquisa da consultoria Ernest & Young, Romário disse o futebol movimenta mais de 57 bilhões de reais por ano no País. Sustentou, no entanto, que o esporte também tem um lado obscuro, a demandar fiscalização.

“O futebol é mais que uma paixão nacional brasileira. Sua importância social, política e econômica ultrapassa fronteiras e mobiliza dezenas de milhões de torcedores. A seleção escalada para participar desta CPI é de senadores determinados a descobrir a podridão que existe no nosso futebol”, disse o relator. “Juntos, vamos conseguir dar uma grande resposta à sociedade.”

A CPI tem como presidente Jorge Kajuru (PSB-GO) e como vice-presidente Eduardo Girão (Novo-CE)

“Esta CPI, não tenho nenhuma dúvida, fará história. Para ficar na linguagem do futebol, não vai terminar em zero a zero”, assegurou o presidente. “Ao fim desta CPI, o Brasil será mais capaz de enfrentar a corrupção no futebol e, assim, manter a credibilidade do futebol, que é uma das maiores manifestações culturais do País.”

Requerimentos

Entre os requerimentos aprovados está o que pede à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o compartilhamento de informações “advindas dos sistemas de detecção de fraudes da empresa SportRadar, em relação às 109 partidas de futebol ocorridas em território nacional com suspeita de manipulação no ano de 2023, de acordo com relatório da própria empresa”.

Também há requerimentos que pedem ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) informações sobre a Operação Penalidade Máxima e solicitam ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MP-DFT) dados a respeito da Operação Fim de Jogo.

As duas operações investigam manipulação de resultados no futebol.

A CPI das Apostas Esportivas foi instalada na última quinta-feira 11. Ela é composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, com previsão de durar 180 dias.

Leia o plano de trabalho na íntegra:

DOC-SF244564243163-20240415

(Com informações da Agência Senado)

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