Como a Justiça da Espanha tenta evitar uma fuga de Daniel Alves após decisão de liberdade provisória

Decisão do tribunal de Barcelona aceitou o pedido da defesa para que o ex-jogador aguarde em liberdade até a decisão sobre o recurso da sentença

Daniel Alves, jogador da seleção brasileira. Foto: Daniel Leal-Olivas/AFP

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A Justiça de Barcelona, na Espanha, aceitou, nesta quarta-feira 20, o pedido de liberdade provisória feita pela defesa do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, condenado por estupro.

Em fevereiro, Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual contra uma jovem em uma boate em Barcelona. Tanto a defesa do atleta, quanto o Ministério Público recorreram da sentença.

A liberdade provisória do condenado foi defendida pelo próprio órgão acusador. Com a decisão, o ex-Barcelona poderá aguardar a decisão do recurso interposto contra a sentença em liberdade, mediante o pagamento de fiança de 1 milhão de euros, cerca de 5,4 milhões de reais.

Para evitar o risco de fuga, a Justiça definiu uma série de medidas. São elas:

  • Daniel Alves deverá entregar todos os seus passaportes;
  • se manter a pelo menos um quilômetro de distância da vítima;
  • não pode se comunicar com a jovem por nenhum meio;
  • e deve comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona, ou quando for solicitado.

Diferente do entendimento dos juízes que sentenciaram o ex-jogador, os magistrados que analisaram o pedido de liberdade alegaram que não há mais risco de fuga do atleta, nem de repetição do crime.

Enquanto aguarda o julgamento dos recursos, Daniel Alves deverá permanecer no país europeu. Ele tem uma residência em Barcelona, onde mora atualmente sua esposa.


A defesa do ex-jogador ainda não informou se pagará a fiança definida pelo tribunal. A quitação do débito é o primeiro passo para a soltura do jogador. Mais cedo, a defesa da vítima criticou a decisão e informou que vai recorrer ao tribunal para evitar a saída do brasileiro da prisão.

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