Esporte
As desculpas de Wallace após publicar mensagem sobre tiros em Lula
A Secom afirmou ter acionado a Advocacia-Geral da União em busca de providências sobre a postagem


O jogador de vôlei Wallace pediu desculpas nesta terça-feira 31 por publicar nas redes sociais uma mensagem de violência contra o presidente Lula (PT).
Na segunda-feira 30, o atleta bolsonarista postou fotos em um clube de tiro e abriu um espaço para seguidores enviarem perguntas. Um deles questionou se Wallace dispararia contra o petista. Como resposta, o jogador inaugurou uma enquete para saber se algum de seus fãs tomaria essa atitude.
“Quem me conhece sabe que eu jamais incitaria violência, em hipótese alguma, principalmente ao nosso presidente. Então, venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz que eu acabei fazendo. Errei”, disse o atleta em vídeo publicado nas redes.
Segundo ele, o post “acabou gerando uma repercussão social muito ruim”, mas repetiu não ter “a intenção de incitar à violência ou ao ódio”.
Mais cedo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou ter acionado a Advocacia-Geral da União em busca de providências sobre a publicação.
A Confederação Brasileira de Vôlei divulgou uma nota na qual afirma repudiar “qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos” e diz que “o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”.
Já o Sada Cruzeiro, time defendido por Wallace, declarou “lamentar” a publicação. “Vivemos um momento delicado, em que precisamos ter muita cautela com as nossas manifestações”, disse o clube. A diretoria se comprometeu a “reforçar” com jogadores e comissão técnica “a importância da responsabilidade no uso das mídias digitais”.
Wallace é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e teve participação ativa nas redes sociais ao longo da campanha eleitoral de 2022.
View this post on Instagram
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Derrotamos um presidente, mas ainda não vencemos o fascismo, diz Lula
Por Getulio Xavier
Olinda não terá boneco gigante de Lula no Carnaval: ‘Polarização muito grande’
Por CartaCapital
Lula cancela 18 indicações de Bolsonaro para governo e embaixadas
Por CartaCapital