Esporte

Após acusação de importunação sexual, coordenador de futebol do Santos pede demissão

Recepcionista do empreendimento onde Falcão mora acusa o ex-dirigente de importunação sexual. Paulo nega crime

Paulo Roberto Falcão foi contratado como coordenador de futebol pelo Santos em novembro do ano passado. Foto: Raul Baretta/Santos FC Paulo Roberto Falcão
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O coordenador de futebol do Santos, Paulo Roberto Falcão, pediu demissão do Santos FC nesta sexta-feira 4. Ele é acusado de importunação sexual por uma funcionária do hotel em que o ex-dirigente mora.

A vítima abriu um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos. Em um comunicado nas redes sociais, Falcão negou que o crime tenha acontecido.

“Meu sentimento, em primeiro lugar, é defender a imagem da instituição. Sobre a acusação feita nesta sexta-feira, que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu”, disse.

O Santos, por meio de um comunicado, confirmou a saída do dirigente, mas não deu mais detalhes sobre o motivo da saída.

Entenda a acusação

Recepcionista do empreendimento onde Falcão mora, a mulher, de 26 anos, afirmou que Falcão se mudou para o hotel há cerca de quatro meses. Ao longo desse período, segundo ela, várias foram as vezes em que o dirigente lhe cumprimentou apenas com um “oi”.

Nesta quarta-feira 2, Falcão, de acordo com o relato da vítima à polícia, “se dirigiu ao espaço reservado para o monitoramento e, disse apontando para a câmera de segurança: ‘Não sabia que aqui tinha câmera de segurança’ sendo que enquanto o autor falava, ele imediatamente roçou o pênis no braço esquerdo dela, que esquivou-se”.

Nesta sexta-feira 4, ainda segundo o relato da recepcionista que o site Trivela teve acesso, a importunação se repetiu.

Falcão então foi até a recepção e ingressou novamente no espaço reservado para monitoramento, posto de trabalho da ofendida, onde é permitida apenas a presença de funcionários da recepção.

“Ali, apontou para a câmera que exibia uma imagem e disse: ‘nossa que imagem bonita’, e mais uma vez comprimiu o pênis no braço da vítima, dessa vez de forma mais contundente, e ela tornou a esquivar-se”, consta no relato à polícia.

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