O Comitê Olímpico Brasileiro anunciou ter chegado a um acordo com a Confederação Brasileira de Voleibol no caso do jogador Wallace Leandro de Souza. O desfecho, selado na segunda-feira 15, gera, entre outras medidas, a diminuição da suspensão imposta ao atleta.
O jogador, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi suspenso em fevereiro devido a uma publicação que fazia apologia à violência contra o presidente Lula (PT). A Wallace coube uma pena inicial de 90 dias fora das quadras, acrescida para 5 anos de suspensão depois de ele jogar pelo Cruzeiro na final da Superliga Masculina.
Com o acordo, no entanto, voltam a valer os 90 dias de suspensão a contar de 2 de maio, período em que o jogador não deve participar de qualquer competição oficial do sistema brasileiro de voleibol, incluindo competições da CBV e de federações.
Também fica definido que o jogador cumprirá um ano de suspensão de qualquer competição sob a responsabilidade do COB, como Jogos Olímpicos, Jogos Pan-Americanos e Jogos Sul-Americanos.
No acordo, o COB acrescentou não reconhecer o resultado do jogo entre Minas Tênis x Sada/Cruzeiro, realizado em 30 de abril, pelo fato de Wallace estar em quadra, descumprindo determinação de afastamento do Conselho de Ética do Comitê. O resultado, segundo o acordo, permanece nulo para o órgão olímpico.
A multa aplicada pelo COB à Confederação Brasileira de Vôlei, como consequência de o atleta ter participado do jogo da Superliga, também foi retirada. O acordo estabelece que a CBV será obrigada a arcar com uma campanha de valorização da postura ética dos atletas nas redes sociais. Também foram retiradas as demais punições impostas a Radamés Lattari Filho, presidente em exercício da CBV.
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