Esporte
AGU pede o banimento de Wallace do esporte olímpico após mensagem sobre tiros em Lula
O atleta também pode ser multado em 100 mil reais, conforme a demanda do governo
A Advocacia-Geral da União solicitou nesta quarta-feira 1º ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro a abertura de um processo disciplinar contra o jogador Wallace Leandro, após a publicação de uma enquete a sugerir que alguém atirasse contra o presidente Lula (PT).
A representação, também enviada à Confederação Brasileira de Voleibol, pede que sejam aplicadas contra Wallace as penalidades máximas previstas no Código de Ética dos Conselhos — multa no valor de 100 mil reais e banimento do esporte olímpico.
O órgão sustenta que a postagem do atleta viola três códigos da Justiça Desportiva e de Conduta Ética que dizem respeito à incitação pública ao ódio e à violência por meio de redes sociais. Além de infringir o próprio Código Penal Brasileiro no art. 286 sobre incitação ao crime, argumenta a AGU.
O atleta bolsonarista foi suspenso por tempo indeterminado pelo grupo Sada Cruzeiro após a repercussão do caso.
Sobre o processo, a AGU ainda sustenta que a conduta de Wallace não é passível de direito à liberdade de expressão, “pois a ninguém é autorizado a cometer crime invocando essa liberdade fundamental”.
A reação da Advocacia-Geral responde a um pedido do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.