Suplicy reforça apoio a Boulos e ventila Ana Estela Haddad como possível vice na disputa pela prefeitura em SP

Em entrevista a CartaCapital, o deputado estadual Eduardo Suplicy analisou as atuais gestões na cidade e estado de São Paulo para comentar possíveis cenários nas eleições municipais de 2024

Eduardo Suplicy, petista histórico de São Paulo. Foto: Afonso Braga

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A última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira 31, revela uma mudança na preferência do eleitor paulistano. Após oito anos e dois mandatos do PSDB/MDB, Guilherme Boulos (PSOL) surge na dianteira com 32% das intenções de voto ante o prefeito e substituto dos tucanos, Ricardo Nunes (MDB).

Para o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), o cenário é positivo e deve ser encarado com entusiasmo. Em entrevista ao Direto da Redação, transmitido por CartaCapital no Youtube nesta segunda-feira 4, Suplicy analisou os dois anos de gestão Nunes como um dos fatores para que a maior cidade do país rompa com a herança tucana-emedebista. Ele também reforçou o apoio pessoal – e do PT – à candidatura de Boulos.

“Me entusiasma o resultado da última pesquisa Datafolha, que coloca Boulos com 32% e 8 pontos à frente”, destaca. “Com o resultado [da pesquisa], acho que os demais candidatos poderão usar esse tempo [até a eleição] para se afinar mais e apoiar a candidatura do PSOL”.

Suplicy também ventilou o possível nome que irá compor a chapa com Guilherme Boulos, embora nada esteja oficialmente definido. Trata-se de Ana Estela Haddad.

“Tem havido suposições de qual seria o candidato ou candidata para estar ao lado do Boulos. A Ana Estela seria um nome formidável, uma mulher com uma formação muito positiva, que já cooperou com o ministro Fernando Haddad, e seria uma fortíssima opção”, relata com exclusividade após conversas com o núcleo do PSOL.

Ana Estela Haddad é professora na Faculdade de Odontologia da USP, foi assessora do ministro da Educação em 2003 e auxiliou na idealização e execução do Programa Universidade para Todos, o Prouni. Em janeiro de 2023, a professora foi escolhida pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, para comandar a Secretaria de Saúde Digital.


Renda básica pode sair do papel

Durante o programa, Eduardo Suplicy também adiantou conversas com o presidente Lula em que vê uma nova possibilidade para que o programa Renda Básica de Cidadania possa encontrar espaço nas ações sociais do governo.

Idealizada em 2002, o programa sugere a criação de uma renda universal que atenda às necessidades básicas de toda a população do país para garantir que as pessoas tenham uma participação no que a sociedade produz em conjunto e que, dessa maneira, o valor atenda às necessidades vitais do cidadão.

O deputado destaca a diferença da renda para outros programas do governo que pregam acessibilidade aos direitos básicos como saúde e educação. Para ele, a criação de uma renda universal a partir do que própria sociedade produz garantirá um maior nível de dignidade social, liberdade de escolha e desatará imbróglios trazidos pelos atuais programas de distribuição, que possuem tetos para a participação.

Assista na íntegra:

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