Educação
Weintraub diz que proclamação da República foi “infâmia” contra Pedro II
O ministro da educação se referiu ao monarca como ‘um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes’


O ministro Abraham Weintraub classificou a proclamação da República, que completa 130 anos nesta sexta-feira 15, uma “infâmia” contra o imperador Dom Pedro II. Em uma publicação feita em seu Twitter, ele escreveu: “Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas…O que diabos estamos comemorando hoje?”
Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas…O que diabos estamos comemorando hoje? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História (Não estou restringindo a afirmação ao Brasil). pic.twitter.com/dQ3gfsOqLF
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 15, 2019
No texto, o ministro da educação se refere ao monarca como “um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História”.
Depois, em outro post, o ministro da educação ironizou novamente a data e disse que a melhor forma de comemorar, entre aspas, o “primeiro golpe do Brasil” seria trabalhando. O ministro publicou uma foto onde despacha ao lado de colegas de Esplanada, como o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e da Cidadania, Osmar Terra.
Qual a melhor forma de “comemorar” o primeiro golpe de estado no Brasil? TRABALHANDO! O amigo Onyx Lorenzoni convocou reunião para discutir projetos sociais. Teremos mais novidades em breve. pic.twitter.com/ciF5C5CLIf
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 15, 2019
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.