Educação

UFMG abre processo disciplinar contra professor de Medicina após publicações discriminatórias

Uma página na internet também denuncia o professor Mauro Tostes por publicações racistas, casos de perseguição política e até assédio moral e sexual

Créditos: Divulgação
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A Universidade Federal de Minas Gerais anunciou a abertura de processo administrativo disciplinar contra o professor da Faculdade de Medicina Mauro Augusto Tostes Ferreira, por publicações preconceituosas nas redes sociais.

Em novembro, o docente fez uma publicação ofensiva à deputada federal trans Duda Salabert, no Twitter, após a parlamentar cobrar agilidade da Justiça em julgar seus processos de racismo e homofobia movidos contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

A publicação de Tostes foi exibida em print nas redes pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), após o docente bloquear a instituição.

Uma página criada na rede chamada ‘Mário Tostes na cadeia’ faz o resgate de outros episódios em que o docente teria se manifestado de maneira discriminatória e questionável nas redes sociais.

“Mauro Tostes, ao longo de seus anos de medicina e docência, vem cometendo diversos crimes que passam impunes por serem tratados unicamente pela sua classe. Hoje, finalmente, quem ele é se tornou público e não esqueceremos disso”, diz a página em um post.

“Entre os tweets postados por esse homem desde 2020 há: ameaças de violência física; declarações de homofobia, racismo, transfobia, misoginia e gordofobia; perseguição política; assédio moral e sexual; incitação à desordem, entre outros”, anuncia a página ao direcionar para um link onde há um compilado de publicações feito por Tostes.

No Twitter, a conta de Mauro Tostes está suspensa. No Instagram, o seu perfil é fechado, o que impede o acesso às suas publicações. Na rede, ele se apresenta como ‘Neurocirurgião pela, USP, Hospital Beneficência Portuguesa de SP, e Barrow Neurological Institute, EUA’.

Em nota encaminhada à reportagem, a UFMG esclareceu que ‘repudia veemente quaisquer comportamentos discriminatórios’.

A universidade informou ainda que, em 31 de maio de 2016, o Conselho Universitário da Instituição aprovou a Resolução 09/2016, que dispõe sobre a violação de direitos humanos e a erradicação de atos discriminatórios de qualquer natureza no âmbito da Universidade, e proíbe, expressamente, entre outros, “todo preconceito ou discriminação contra pessoas, em função de sua orientação sexual lésbica, homossexual, bissexual ou identidade de gênero presumidas”.

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