A deputada federal Tábata Amaral afirmou que vai processar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por danos morais, após participação na Comissão da Educação nesta quarta-feira 22. Ao desmentir a informação de que ela e sua equipe teriam recebido quatro convites por parte da atual gestão para ir ao MEC, foi surpreendida com a entrega de prints de seu WhatsApp pessoal, onde estariam as tentativas da equipe de Weintraub de contatá-la. As impressões foram entregues a todo o plenário, a pedido do ministro.
O que se seguiu foi uma nova saia justa para Weintraub: os prints entregues aos deputados se referiam a três convites feitos pelo ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez à equipe de Tábata, nenhum por Weintraub. “O último convite foi feito no dia 1º de abril, o senhor tomou posse no dia 9. Pelo menos faça contas para não passar por tanto constrangimento”, declarou. Ela também reiterou que convites a parlamentares devem ser feitos pelos canais oficiais, e-mail e telefone, e não via contato pessoal.
Cobrei planos e ações do MEC. O ministro respondeu divulgando meu telefone pessoal e tentando manchar a minha imagem e a da minha equipe. Usou dos mesmos mecanismos que emprega com os problemas da educação: polemiza e mente. Isso não é atitude de ministro. https://t.co/K3qhfWE7Bn
— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) 22 de maio de 2019
Tábata também criticou o fato de o ministro delegar para reuniões individuais o que deveria estar sendo debatido publicamente. “Tudo é um pedido de reunião, eu não estou cobrando respostas individuais, não é a Tábata ou qualquer outro deputado que está aqui, a sociedade precisa de respostas”, criticou.
A parlamentar pediu ainda que o ministro avance em suas explanações junto aos deputados para que haja um debate mais efetivo. Mais uma vez, Weintraub se centrou em apresentar à Casa um diagnóstico da educação brasileira. “Me incomoda que não vamos além, precisamos de próximos passos. Já conhecemos as metas do Plano Nacional de Educação, as prioridades e diretrizes do governo”.
Ela cobrou respostas a questões como: “Com a nova composição do MEC, o que fica com cada secretaria? O que fica de fora? Quando os programas de educação serão desengavetados? Quando sairemos da etapa de diagnósticos?”. A gestão do Ministério da Educação ainda se apoia no planejamento estratégico feito pelo ex-ministro Vélez Rodríguez. “Quando teremos o novo planejamento no site, em dezembro?”, questionou a parlamentar.
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