Educação

STF dá 48 horas para governo explicar portaria que anula ações em prol das cotas

A portaria 545 foi a última assinada por Weintraub, antes de deixar o ministério da Educação. O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes

STF dá 48 horas para governo explicar portaria que anula ações em prol das cotas
STF dá 48 horas para governo explicar portaria que anula ações em prol das cotas
O ministro Gilmar Mendes, em sessão no Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF O ministro Gilmar Mendes, em sessão no Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deu 48 horas para que a Advocacia-Geral da União apresente informações sobre a portaria que revoga o estímulo a ações afirmativas em cursos de pós-graduação. A portaria foi assinada na quinta-feira 18, pouco antes de Abraham Weintraub anunciar a sua demissão da pasta.

“Intime-se com urgência o Advogado-Geral da União, via WhatsApp, sobre o objeto da presente arguição, para que preste informações em 48 horas. Após o decurso do prazo, voltem os autos conclusos para exame da medida liminar pleiteada”, determinou Mendes.

O ministro é o relator de ações de três partidos, que acionaram o STF na semana passada para tentar suspender a revogação das medidas de incentivo ao acesso à pós-graduação.

A portaria 545, assinada por Weintraub, invalida uma outra do Ministério da Educação, a de número 13, de 2016, que falava sobre a necessidade de universidades e institutos federais criarem propostas de inclusão “de negros (pretos e pardos), indígenas e pessoas com deficiência em seus programas de pós-graduação (Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado), como Políticas de Ações Afirmativas”, e informar ao MEC.

Já o ministério ficaria incumbido de criar  um grupo de trabalho para monitorar as ações. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) faria censos para mensurar a entrada de estudantes desses grupos na pós-graduação.

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