SP: Previdência é retirada da pauta da Câmara e professores suspendem greve

Texto que prevê alterações na contribuição previdenciária da categoria foi retirado da pauta por 120 dias para discussões

Créditos: Thamys Porto

Apoie Siga-nos no

Os professores da rede municipal de São Paulo e demais servidores públicos suspenderam a greve da categoria, que estava paralisada desde o dia 8 de março. A medida foi tomada após a votação das mudanças previdenciárias ter sido adiada por 120 dias da pauta da Câmara Municipal.

Em declaração à imprensa, o prefeito João Dória (PSDB) chegou a dizer que já tinha os 28 votos necessários para aprovar a medida. No entanto, no final da tarde da terça 27, o vereador Milton leite (DEM) abriu a sessão extraordinária informando que o PL 621 seria retirado da pauta para discussões.

Doria tinha interesse de aprovar a proposta pelo menos até o dia 6 de abril, data em que deve deixar a Prefeitura para concorrer ao governo do Estado.

O projeto da contribuição previdenciária ganhou novo texto após reunião da Prefeitura com vereadores. Foi suprimida da proposta a alíquota suplementar de 5% que faria com que a contribuição dos servidores chegasse a 19%. Está mantido, no entanto, o aumento da alíquota básica da Previdência de 11 para 14%.

Em declaração à imprensa, Doria afirmou que as mudanças são necessárias para estancar o rombo da Previdência que está perto de seis bilhões de reais e possibilitar o pagamento de despesas com merenda escolar, funcionalismo público, previdência, medicamentos, evitando que a “cidade fique paralisada”.

O prefeito também declarou que, por conta do déficit, este ano a Prefeitura terá que inibir o crescimento de unidades básicas de saúde, bem como reformas e construção de novas creches.


Segundo a Prefeitura, caso a reforma da previdência seja aprovada, os servidores terão aumento do piso salarial de R$ 1.132 para R$ 1.400. Os servidores que são contra a medida fizeram novo ato na Câmara Municipal de São Paulo. A categoria fala em retomada da paralisação a qualquer tempo, se necessário.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.