Educação

‘Sem avanço nas negociações’: professores de SP aprovam nova paralisação para 25 de abril

Docentes e servidores municipais reivindicam melhores condições na carreira, entre elas um reajuste salarial de 12,90%

‘Sem avanço nas negociações’: professores de SP aprovam nova paralisação para 25 de abril
‘Sem avanço nas negociações’: professores de SP aprovam nova paralisação para 25 de abril
Créditos: Divulgação Aprofem
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Professores e servidores municipais de São Paulo farão uma nova paralisação e uma assembleia no dia 25 de abril, com indicativo de greve.

A decisão foi tomada após um ato realizado pelo grupo, nesta quarta-feira 2, que reivindica melhores condições na carreira, entre elas um reajuste salarial de 12,90%. Também está na pauta o fim do confisco de 14% de aposentadorias e pensões, além da elevação dos pisos dos profissionais da educação.

Segundo o Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo, a Aprofem, a paralisação reuniu cerca de 3,5 mil pessoas, número bem abaixo da projeção inicial de 10 mil. A análise das lideranças sindicais é a de que as ameaças feitas pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) podem ter desmobilizado parte dos servidores. O prefeito chegou a afirmar que descontaria o salário dos professores que aderissem à paralisação.

O presidente da Aprofem, o professor Ismael Nery Palhares Junior, criticou a tentativa da Prefeitura de deslegitimar o movimento. Com características populistas, este Governo claramente está nos prejudicando, inclusive tentando deslegitimar um direito que nos é legalmente conquistado, o da paralisação. Não por acaso insiste em ações como as terceirizações, por exemplo. Queremos deixar claro que não vamos nos acomodar. Vamos permanecer unidos, ampliando o movimento e exigindo o que nos é devido”, afirmou.

Ainda conforme a Aprofem, representantes sindicais chegaram a ser recebidos por representantes do governo após o ato, mas não houve avanço nas negociações.

Propusemos a realização de reuniões intermediárias com o Governo antes do dia 25/04 para discutir pontos isolados da pauta, mas, diante da ausência de avanços nas negociações, a categoria permanecerá se mobilizando”, afirmou a vice-presidente do sindicato, Margarida Prado Genofre.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que, até as 10h30 desta quarta-feira, 0,31% das unidades educacionais informaram não ter atendimento devido à paralisação. Confirmou, ainda, que as ausências não justificadas serão descontadas, conforme a legislação.

A pasta ainda reforçou que, em caso de escola sem atendimento, orienta os responsáveis pelos alunos que acionem a Diretoria Regional de Educação responsável pela região. “Todas as medidas cabíveis serão tomadas”, afirmou a secretaria.

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