Educação

Secretário de educação de SP diz ser “muito provável” que aulas não retornem em setembro

Inquérito sorológico feito pela secretaria de Saúde mostrou escalada de contágios em pessoas idosas na capital, o que preocupa Prefeitura

Créditos: EBC
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O secretário de educação municipal de São Paulo, Bruno Caetano, afirmou ser “muito provável” que as aulas presenciais na capital não retornem no dia 8 de setembro. A declaração foi dada durante uma entrevista à Globo News.

“Não há data ainda definida, o prefeito Bruno Covas já disse que as aulas na capital apenas quando a Saúde entender ser seguro. Então se for dia 8, a saúde tem que dar a autorização, mas pode ser e é muito provável que não seja já no dia 8”, disse.

“A secretaria (de Educação) segue se preparando para quando a Saúde autorizar tudo esteja em ordem, seja com a contratação de professores emergenciais, temporários, seja com novos protocolos de limpeza, a questão pedagógica e também a aquisição de vagas junto à rede privada”, acrescentou o secretário.

 

Segundo informou a jornalista Mônica Bergamo, a decisão de retardar a reabertura das escolas pela Prefeitura tem a ver com um inquérito sorológico  que vem sendo feito pela Secretaria Municipal de Saúde e que mostrou uma escalada de contágios em pessoas idosas na capital: 13,9% de todos os casos mapeados no estudo foram registrados em pessoas mais velhas.

O dado teria acendido uma alerta sobre a decisão, uma vez que crianças e adolescentes, ao retomarem os contatos na escola, podem transmitir a doença a familiares.

Ainda de acordo com a jornalista, o estudo agora vai mapear o contágio entre crianças na capital paulista. O dado vai auxiliar na tomada de decisão.

Na entrevista, o secretário de educação também explicou o porquê da decisão de não reprovar os estudantes este ano. “A secretaria trabalha num grande programa de reforço escolar. Então, momento um: quando as aulas presenciais voltarem, (será aplicada) uma provinha, para a gente saber o que os alunos aprenderam e o que não. A partir do resultado vamos calibrar um grande programa de recuperação e reforço que vai acontecer ao longo desse ano e todo o ano que vem”, disse Caetano. “Daí não haver sentido fazer a reprovação nesse ano, uma vez que a recuperação vai ser dar em dois anos”, concluiu o secretário.

As medidas para o retorno às aulas na rede municipal estão prevista no PL 452/2020, de autoria do prefeito Bruno Covas, que teve legalidade aprovada em primeira sessão na Câmara Municipal a semana passada. A previsão é que a votação definitiva ocorra na quarta-feira 5.

Também são estratégias da Prefeitura a contratação emergencial de professores, a permissão para a prefeitura repassar recursos às famílias dos estudantes para a compra de material escolar e de uniformes a partir de 2021 e contratação de vagas de ensino infantil para suprir a crescente demanda ocasionada pela crise. As estratégias têm sido motivo de embate entre sindicatos, parlamentares de oposição e educadores.

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