Educação

Secretária do MEC diz acreditar em ‘consenso’ sobre o Novo Ensino Médio

Izolda Cela, no entanto, descartou a chance de revogação da medida, uma das reinvindicações da ala crítica às mudanças

A secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela. Foto: Ceará/Divulgação
Apoie Siga-nos no

A secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, acredita ser possível chegar a um consenso em relação à Reforma do Ensino Médio. A pasta mantém até 6 de junho uma consulta pública para avaliação e reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio, que vem sofrendo críticas de estudantes, professores e entidades representativas da educação.

“Penso que chegaremos a um consenso”, disse Cela nesta segunda-feira 29 durante participação no Fórum Reconstrução da Educação, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão de não revogar a reforma, no entanto, parece ter sido tomada pelo governo.

“O MEC vai dar simplesmente uma palavra de desprezo à institucionalidade toda do País com relação a isso? Como é que pode?”, questionou. “As secretarias de Educação, responsáveis pela implementação, fizeram reordenamento de processos, eu sei o custo disso. Então, vamos ter uma palavra mais convergente com o esforço de todos para melhorar os processos e, eventualmente, fazer mudanças que são necessárias, porque a gente sabe que precisa.”

A secretária avaliou como positiva a consulta pública aberta pela pasta e argumentou que a medida está em linha com a expectativa de estudantes, professores e escolas.

“Havia uma recomendação feita pelo grupo de transição de uma escuta mais aberta, uma participação maior com relação ao que as redes, estudantes e professores estariam pensando. Nós estamos fazendo isso”, declarou. “É preciso a gente se envolver nisso para saber como corrigir o que não está legal – a recomposição da base, da formação geral parece importante, está gerando insegurança.”

“Às vezes penso que estamos falando da mesma coisa, e se estabelece um cabo de guerra (…) quando nosso campo progressista poderia estar olhando para o serviço, para ver o que precisa de melhorias, o que está confundindo os professores, a pouca orientação em relação a flexibilização, a falta de cooperação suficiente entre as redes.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo