Quadro negro

Na equipe de transição, afloram as divergências sobre os rumos da educação pública no Brasil

Injustiça. O Estado não pode ignorar o contexto socioeconômico dos estudantes e punir o professor, sustenta Leher - Imagem: Marcelo Camargo/AFP e iStockphoto

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Mal começou a transição de governo e uma intensa disputa instalou-se na área da Educação. Após o vazamento de uma lista de nomes cotados para compor o grupo de trabalho, a maioria ligada ao setor empresarial, o campo popular, formado por professores, estudantes e acadêmicos, sentiu-se preterido. A pressão surtiu efeito e poucos dias depois, em 14 de novembro, foram anunciados os integrantes da equipe que vai trabalhar para a instalação do novo governo, agora mais equilibrada.

O embate revela o tom que deve marcar as discussões sobre os rumos da educação nos próximos quatro anos. “Muita guerra”, resume Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, conhecida pela sigla CNTE, e integrante da equipe de transição. Atualmente, há uma clara divisão no grupo. De um lado estão os representantes de fundações, ONGs e grupos empresariais, a defender uma educação voltada ao cumprimento de metas e focada na preparação de profissionais para um mercado cada vez mais competitivo. De outro, estão as organizações sindicais e entidades estudantis, a defender uma educação emancipadora, capaz de formar cidadãos críticos, e focada na melhora das condições de trabalho dos docentes, a começar por um plano de carreira.

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