Educação
Professores da rede municipal de SP paralisam atividades nesta quarta por reajuste salarial
Segundo sindicato, o movimento contará com aposentados, pensionistas e outras entidades sindicais. O prefeito Ricardo Nunes ameaça punir os participantes


Professores da rede municipal de São Paulo e outras categorias farão uma paralisação nesta quarta-feira 2 para reivindicar melhores condições na carreira, entre elas um reajuste salarial de 12,9%.
O ato será em frente ao gabinete do prefeito Ricardo Nunes (MDB), no Viaduto do Chá, centro da capital, às 10h.
Segundo o Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo, a Aprofem, a mobilização contará com a participação de docentes, aposentados, pensionistas e outras entidades sindicais.
Também estão na lista de reivindcações o fim do que o Aprofem considera o confisco de 14% de aposentadorias e pensões e a elevação dos pisos dos profissionais da educação.
Ainda de acordo com o sindicato, o ato serve para cobrar respostas da prefeitura às demandas, apresentadas em 13 de março. A expectativa dos organizadores é mobilizar 10 mil pessoas na paralisação.
“Depois de receber nossas reivindicações, queremos saber o que o prefeito efetivamente fará com elas e que respostas já tem para nos dar”, disse a vice-presidenta da Aprofem, Margarida Prado Genofre. “Só assim decidiremos quais os nossos próximos passos. Não calaremos enquanto nossos pedidos não forem atendidos.”
Na segunda-feira 31, Nunes afirmou que descontará o salário dos professores que paralisarem as atividades. “Precisamos de profissionais responsáveis, que lutem pelos seus direitos, o que a gente defende sempre, mas que tenham responsabilidade com os nossos alunos, com a educação.”
Ainda de acordo com o emedebista, não haveria motivo para o protesto, já que a data-base para as negociações salariais é em maio.
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