Educação

Professor de Santa Catarina é investigado por fazer apologia ao ataque à creche em Blumenau

Profissional de uma escola estadual de Joinville foi filmado fazendo declarações de apoio ao massacre que deixou quatro crianças mortas; ‘Mataria uns 15, 20’, diz o homem nas imagens

Comunidade realiza vigília na creche em Blumenau (SC) em homenagem às crianças mortas. Créditos: ANDERSON COELHO / AFP
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Um professor de uma escola estadual de Joinville (SC) foi filmado fazendo declarações em apoio ao ataque a uma creche em Blumenau, na última semana.

O docente elogia o massacre e diz: “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”. As declarações, que teriam sido feitas na última terça-feira 4, constam em vídeo divulgado pelo canal Brasil Fede Covid.

De acordo com os alunos, a turma ficou sabendo do ataque e passou a conversar sobre a tragédia. Foi quando o professor entrou no debate para dizer que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”. Há informações de que o mesmo professor já teria sido denunciado pelos estudantes por comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio.

Segundo informações do portal NSCTotal, a Polícia Civil de Joinville abriu inquérito para apurar o caso e, nesta segunda-feira 10, o educador, a direção escolar e testemunhas envolvidas no caso serão intimados para prestar depoimento.

Uma decisão judicial do domingo 9, assinado pelo juiz Yhon Tostes, diretor do Foro da comarca de Joinville, determinou a suspensão imediata do professor. Além disso, ele vai ter que usar tornozeleira eletrônica e não poderá chegar a menos de 50 metros de qualquer escola, seja ela pública ou privada. A Justiça atendeu a uma representação encaminhada pela Polícia Civil.

A reportagem de CartaCapital entrou em contato com a secretaria de educação de Santa Catarina para esclarecer as medidas tomadas sobre o caso. Em nota, a pasta afirmou que está ciente do caso envolvendo um professor da Escola Estadual Dr. Georg Keller e acrescentou que “está tomando todas as medidas cabíveis”, sem detalhar as ações.

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