Educação
Polícia investiga vazamento de montagens com nudes de alunas em colégio do Rio
A suspeita é que estudantes tenham utilizado inteligência artificial para ‘remover’ as roupas das colegas
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar a conduta de estudantes do Colégio Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, que teriam criado montagens com nudes de alunas e compartilhado as imagens em aplicativos de mensagens.
A suspeita é que os estudantes envolvidos, do 7º ao 9º anos da instituição, tenham utilizado inteligência artificial para “remover” as roupas das colegas, a partir de fotos publicadas por elas nas redes sociais. Ao menos 20 jovens teriam sido expostas.
O caso veio à tona depois de familiares das estudantes procurarem a polícia. Em nota, a Polícia Civil confirmou a abertura da investigação, a ser conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
“Todos os envolvidos estão sendo chamados para serem ouvidos na especializada. Diligências seguem para identificar a autoria do crime e esclarecer o caso”, informou a corporação.
Os envolvidos podem responder por fato análogo a simulação e participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.
O colégio encaminhou uma circular aos pais e responsáveis na qual classifica o episódio como um “fato lamentável”.
“O Colégio Santo Agostinho soube de episódios que muito nos assustam e decepcionam, envolvendo nossos alunos em imagens montadas com inteligência artificial. Lamentamos constatar que esta ferramenta criada para solucionar problemas e apoiar a vida moderna ainda não tem seu fim utilizado de maneira adequada”, diz um trecho do comunicado.
A instituição também assegurou a adoção de medidas disciplinares, com base no regimento escolar.
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