Educação
Polícia Federal deflagra operação contra atos irregulares no Enem
Aplicadores do teste terão celulares submetidos à perícia


A Polícia Federal deflagrou, neste sábado 9, uma operação para esclarecer irregularidades na aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Na Operação Thoth, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na casa de aplicadoras dos exames, suspeitas de atos ilegais e identificadas por levantamento realizado em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os mandados foram expedidos pela 12ª Vara Federal de Fortaleza, no Ceará.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares das duas aplicadoras. Elas podem ser indiciadas pelo crime de fraude em certames de interesse público e, se condenadas, podem cumprir pena de mais de cinco anos de prisão. Os aparelhos telefônicos serão submetidos à perícia. A polícia informou que também investiga casos relatados nos estados do Rio de Janeiro e na Bahia.
No domingo 3, uma fotografia da folha da prova com o tema da redação e os textos de apoio vazou para as redes sociais minutos após o início da aplicação. Segundo o Inep, o vazamento não atrapalhou o exame, mas a PF foi acionada.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou, nas redes sociais, que o autor do clique seria de Pernambuco e era um aplicador do exame. Após o vazamento, o Inep proibiu aplicadores do Enem de usarem celulares nos locais de aplicação do teste.
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