Dias antes do governo de São Paulo cravar quem serão os 311 mil alunos transferidos de suas escolas para outras unidades no plano de reorganização da rede pública, cujo objetivo é fechar 94 unidades, alguns estudantes resolveram ocupar suas escolas em protesto.
Em Pinheiros, uma das áreas mais nobres de São Paulo, a ação atraiu uma reação policial desproporcional e agora a Escola Estadual Fernão Dias vai se tornando símbolo da crise.
Veja lista de escolas que o governo do Estado pretende fechar
A Fernão Dias, na avenida Pedroso de Moraes, amanheceu ontem trancada por dentro pelos próprios alunos. Pais e outros estudantes voltaram para casa, enquanto alguns aderiram e entraram. Os policiais cercaram a instituição e o quarteirão.
Na região metropolitana de São Paulo, a escola estadual Diadema também está ocupada por alunos, mas sem a mesma repercussão. Em Mogi das Cruzes, a tradicional escola estadual Firmino Ladeira, estava na lista para fechar, mas na semana passada a decisão foi revista após protestos.
O secretário Herman Voorwald anunciou que as famílias e estudantes seriam recebidas nas escolas para informar das transferências e fechamentos de cada um no próximo dia 14, sábado.
A reorganização foi anunciada no final de setembro, mas as escolas envolvidas só seriam listadas em novembro. O anúncio dos nomes acabou antecipado, mas estudantes, professores e comunidade reclamam que não houve qualquer diálogo.
As ações dos alunos estão sendo transmitidas quase ao vivo em páginas do Facebook como “Não fechem minha escola”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login