O que se sabe sobre o vazamento de nudes de alunas criados com IA em colégio do Rio

A Polícia Civil continua a ouvir as vítimas do caso e já teria identificado parte dos suspeitos

Créditos: Reprodução

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a disseminação de montagens com nudes falsos de alunas. A suspeita é que estudantes do Colégio Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, tenham modificado fotos de meninas a partir de ferramentas de inteligência artificial e veiculado as montagens em grupos de mensagens.

Desde a abertura do inquérito, na sexta-feira 3, mais de 20 alunas vítimas da ação foram ouvidas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. A maioria das vítimas é de estudantes do colégio.

Nesta segunda-feira 6, cinco estudantes prestaram depoimento, acompanhadas de seus responsáveis. A expectativa é que nesta terça o diretor da escola também seja ouvido.

A polícia já teria identificado parte dos suspeitos, que seriam ouvidos a partir da quarta-feira 8. Os estudantes envolvidos podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e receber a aplicação de medidas socioeducativas.

No artigo 241C, o ECA prevê pena de reclusão de um a três anos e multa pelo ato de “simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual”.

Após a exposição do caso, o colégio encaminhou uma circular aos pais e responsáveis lamentando o episódio e anunciando que medidas disciplinares seriam tomadas, com base no regimento escolar. Um grupo de familiares vêm pedindo a expulsão dos autores, sob o risco de retirarem seus filhos da instituição.


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