Educação

Ministro da Educação cita Cuba e Venezuela para responder críticas da UNE

Presidenta da entidade interrompeu sessão para cobrar a recomposição orçamentária das universidades e diálogo com os estudantes

Ministro da Educação cita Cuba e Venezuela para responder críticas da UNE
Ministro da Educação cita Cuba e Venezuela para responder críticas da UNE
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, rebateu a intervenção da presidenta da União Nacional dos Estudantes, Bruna Brelaz, durante audiência pública na Câmara dos Deputados na quarta-feira 20.

A líder estudantil criticou o Ministério da Educação e o governo federal sobre a recomposição orçamentária do Ensino Superior.

“Eu tô aqui falando pelos estudantes brasileiros, é importante que esse parlamento tenha respeito com os estudantes do Brasil. A gente não vai se calar e não vai descansar enquanto a universidade não tiver no centro de desenvolvimento do País”, afirmou.

“A gente não pode calar enquanto existem estudantes que estão desistindo do Ensino Superior, quando existe uma fuga de cérebros, não adianta calar os estudantes”.

Após a interferência de Bruna, o ministro disse: “Respeito sua manifestação, mas se fosse em Cuba ou Venezuela não poderia fazer isso”.

O mandatário do MEC também voltou a atacar Paulo Freire atribuindo ao educador e filósofo os problemas da educação pública.

“Olha a que pé chegou a educação pública brasileira quando abraçou de olhos fechados algumas pedagogias. Não o avalio tão positivamente assim como o senhor. Respeito a trajetória desse educador, mas as evidências mostram que o modelo proposto nos últimos vinte anos foi um desastre em termos de educação”, disse em resposta ao deputado Elias Vaz (PSB-GO) que justamente cobrava o ministro pelos ataques recorrentes a Freire.

Ribeiro foi convocado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para explicar a ampliação e o desdobramento de institutos federais de educação, medida que, na análise da oposição, não viria para criar mais vagas e cursos e sim para indicar mais reitores alinhados com o governo. O ministro negou a intenção e afirmou que a ampliação foi orientada por questão geográfica e para beneficiar regiões que ainda não contam com um instituto federal nem com uma universidade.

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