Educação
MEC publica guia com orientações às redes sobre volta às aulas
Documento prevê abertura total ou parcial das unidades de acordo com os níveis de contaminação na região


Sete meses após o início da pandemia, o Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quarta-feira 7 um guia para orientar as redes em caso de retomada de aulas presenciais.
Além de seguir as normas sanitárias feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, como distanciamento social e utilização de máscaras e álcool em gel, o documento estabelece as recomendações de acordo com quatro níveis de contaminação na região da escola, prevendo abertura total ou parcial das unidades.
As classificações utilizadas são: azul, quando não há nenhum caso na região onde a escola está localizada; verde, quando há casos esporádicos; amarelo, quando há transmissão local, mas restrita a grupos específicos, os chamados clusters; e vermelho, quando há transmissão comunitária com grande número de casos da doença.
A pasta determina que nos níveis azul e verde todas as escolas devem reabrir e implementar medidas de prevenção da transmissão da doença. No amarelo, o MEC prevê a abertura da maior parte das escolas com a implementação de medidas de prevenção. O órgão prevê ainda que autoridades locais podem fechar escolas como parte das medidas de contenção da disseminação. No nível vermelho, os entes locais devem considerar o risco para abertura das escolas; nesse contexto, aquelas que forem abertas devem cumprir medidas de prevenção.
O guia ainda orienta que a temperatura de todas as pessoas seja medida na entrada e que a merenda seja servida, preferencialmente, na sala de aula. Em relação à alimentação, o MEC também sugere que as refeições já estejam previamente montadas. No caso de refeitórios nos quais as merendeiras colocam a comida no prato dos estudantes, o órgão recomenda a instalação de barreira física que impeça a contaminação dos alimentos e utensílios.
No documento, o ministério considera que estudantes e funcionários com cardiopatias, doenças pulmonares crônicas, diabetes, obesidade mórbida, doenças imunossupressoras ou oncológicas, pessoas com mais de 60 anos, além de gestantes e lactantes devem fazer atividades remotas.
Segundo a pasta, serão disponibilizados 525 milhões de reais a 117 mil escolas de educação básica para que possam aplicar as medidas de volta às aulas.
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