Educação
Maioria dos jovens fora da escola sequer completou o Fundamental
Segundo estudo, necessidade de trabalhar e gravidez precoce são os principais motivos que levam os jovens brasileiros a interromper os estudos
O Brasil tem hoje 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. O perfil deles, no entanto, difere. Muitos, por exemplo, sequer concluíram o Ensino Fundamental. O dado alarmante é fruto do estudo Aprendizado em Foco, feito com base no cruzamento de dados disponibilizados pela Pnad pelo Instituto Unibanco.
De acordo com a análise, 52% dos jovens que não concluíram o Ensino Médio e estão fora da escola interromperam sua educação antes de finalizarem o Ensino Fundamental.

O estudo também mostrou que, no caso das meninas, a gravidez foi a principal dificuldade que levou à evasão, enquanto entre os meninos a necessidade de trabalhar pode ser apontada como a maior motivação para eles terem deixado a sala de aula.
Dois em cada três meninos que deixaram de estudar estavam trabalhando ou procurando trabalho, enquanto mais de um terço das meninas fora da escola eram mães. As jovens mães que persistiram nos estudos representam apenas 2%.

Outras razões apontadas como causa para a evasão escolar são: a repetência e o desinteresse do jovem pela escola, motivados pela baixa qualidade do ensino e por um currículo pouco flexível.
A íntegra do boletim pode ser acessada pelo site do Instituto Unibanco.
Leia também: Cresce o número de jovens brasileiros com Ensino Médio completo
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



