Educação
Lula premia estados e municípios por alfabetização na idade certa
O presidente afirmou que que a educação deve estar acima de divergências: ‘O crime organizado está na esquina’


O presidente Lula (PT) participou, nesta segunda-feira 10, da cerimônia de entrega do Prêmio Criança Alfabetizada, que reconhece os esforços empreendidos por estados e municípios na busca pela alfabetização na idade certa. A solenidade contou com a presença de governadores, parlamentares e ministros.
A iniciativa integra o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo Ministério da Educação em 2023. Cerca de 4.200 municípios receberam o prêmio. Foram quase 2.592 na categoria Ouro, 1.062 na Prata e 533 na Bronze.
Catorze estados foram contemplados com o selo de Ouro: Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins, além do Distrito Federal.
O selo Prata foi entregue a Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Os demais receberam a categoria Bronze.
Durante seu discurso, Lula defendeu que as famílias de classe média matriculem os filhos em escolas públicas e pediu o apoio dos prefeitos para que o País atinja a meta de alfabetizar 80% das crianças no segundo ano da educação básica até 2030.
“O que eu quero saber é que as crianças estão na escola. Temos que ajudar enquanto é tempo. Porque o crime organizado está na esquina, esperando o infortúnio desses jovens. Não podemos perder essas crianças.”
O petista ainda enfatizou que a educação deve ser uma prioridade acima de divergências políticas e fez críticas aos que são contrários a investimentos na área sob o argumento de “equilíbrio fiscal”.
“Fico pensando nos grandes economistas que disseram que não pode fazer escola e universidade porque custa muito caro. Quanto custou não ter feito as coisas no momento certo? Quanto custou não alfabetizar as crianças há 50 anos atrás?”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.