Educação

Governo defende policiais nas universidades contra ‘viés ideológico’

AGU afirma que a universidade deve ser livre para discutir, mas sem que isso prejudique ou afete o processo eleitoral

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A Advocacia Geral da União (AGU) quer que o Supremo Tribunal Federal autorize a realização de operações policiais em universidades públicas e privadas. O motivo? Coibir ‘viés ideológico’ de professores em ambientes públicos. O caso está com a ministra Cármen Lúcia, relatora no STF.

No ano passado, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a suspensão de operações depois de pelo menos nove estados brasileiros terem sido alvos de ações para averiguar denúncias de campanhas político-partidárias dentro dos estabelecimentos.

Na ocasião, a ministra Cármen Lúcia suspendeu as operações em universidades e foi referendada por unanimidade no plenário da Corte. Os ministros entenderam que as medidas feriam a liberdade de expressão de alunos e professores e rechaçaram quaisquer tentativas de impedir a propagação de ideologias ou pensamento dentro dos estabelecimentos de ensino.

Já no parecer apresentado no último dia 24, a AGU afirma que a universidade deve ser livre para discutir, mas sem que isso prejudique ou afete o processo eleitoral. O advogado-geral da União, André Mendonça, é um dos que defendem a medida.

“Professores precisam ter um comportamento imparcial, tem assunto polêmico, é natural que se debata. Agora, o que não pode haver é uso de professor sendo tendencioso. Seja professor de direita ou de esquerda, que não atue como militante, sem carga ideológica”, declarou ao blog da jornalista Andréia Sadi, no G1.

Segundo Mendonça, o pedido não tem a intenção de  censurar a liberdade dentro das universidades. Trata-se de uma decisão técnica.

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