Educação

Fiocruz considera prematuro retorno de aulas no Rio de Janeiro

Instituição atrela retomada segura à testagem de casos suspeitos de síndrome gripal, isolamento e rastreamento de pessoas no entorno

Foto: Nina Lima/Agência O Globo
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A Escola Nacional da Saúde Pública (ENSP) da FioCruz considera prematura a retomada de aulas presenciais na cidade do Rio de Janeiro.

Nesta semana, o prefeito Marcelo Crivella anunciou a liberação da volta às aulas em escolas particulares a partir do dia 3 de agosto.

A ENSP entende que uma volta segura para os estudantes e comunidades escolares depende da garantia de testagem de casos suspeitos de síndrome gripal, seguido de isolamento de 14 dias, e rastreamento de pessoas no entorno. A estratégia, no entanto, não vem sendo colocada em prática na cidade.

Ainda de acordo com a instituição, um retorno seguro só aconteceria depois de dois meses, quando fosse verificada uma queda significativa de casos e óbitos.

O pneumologista Hermano Castro, diretor da ENSP falou ao UOL sobre a importância de se estabelecer um bloqueio sanitário para controlar o avanço da pandemia.

“É preciso testar os casos leves e suspeitos e fazer o bloqueio sanitário. É a única forma de controlar o avanço da pandemia sem a vacina. Só podemos pensar em volta às aulas quando houver um controle maior da pandemia, com número de casos menores. Precisamos ter a capacidade de identificar pelo menos 90% dos casos na cidade nos primeiros sintomas”, disse.

Ele ainda defende que, antes da volta às aulas, fosse feito um projeto piloto nas escolas de duas semanas, com foco em medidas de ajustes sanitários.

A retomada das aulas será de maneira voluntária, conforme anúncio do prefeito, ou seja, só retornarão às unidades professores, pais de alunos e alunos que assim desejarem.

Crivella ainda afirmou que o retorno será gradual e, em um primeiro momento, voltado para os alunos do 4º, 5º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental.

A experiência servirá de base para a retomada da rede pública, que também está sendo discutida, conforme anunciou o prefeito.

“Houve consenso, depois de muitas reuniões, inclusive com representantes de professores, sobre os quatro anos anunciados e sobre a questão de a volta ser facultativa”, disse.

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