Enem não será adiado, crava ministro da Educação

Milton Ribeiro disse que estudantes favoráveis ao adiamento são 'minoria barulhenta'

Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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O ministro da Educação Milton Ribeiro negou, na manhã desta terça-feira 12, o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pedido por estudantes devido a alta de casos de coronavírus em todo o País.

Em entrevista à CNN Brasil, Ribeiro disse que o Ministério tomou “todos os cuidados de biossegurança possíveis” e que, em primeiro lugar, o objetivo é não frustrar as expectativas de quem vai prestar a prova.

“A vida dos estudantes, as expectativas dos estudantes se desvanecem. A esperança que se adia adoece o coração, e nós não podemos fazer isso com nossos estudantes”, justificou.

Ribeiro ainda afirmou que a parcela dos estudantes que pede pelo adiamento é uma “minoria barulhenta” e que foram empregados “muito mais recursos” para impedir aglomerações.

 

 


 

O ministro também justificou a inflexibilidade do MEC devido ao calendário escolar das faculdades e institutos federais, estaduais e privados, que usam a nota do exame como parte integrante ou total do processo seletivo. “Um semestre a menos, se a gente perder o Enem, vai atrapalhar totalmente toda a programação de acesso dos estudantes às escolas federais e públicas”, afirmou.

O debate pelo adiamento em um momento de alta de casos foi sustentado pela Defensoria Pública da União e por entidades científicas como a a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), e Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO).

Por outro lado, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) manteve postura contra o adiamento e disse à Justiça que “reorganizar um calendário a nível de Enem, é fragilizar e colocar em risco políticas públicas dele decorre.

 

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