O ministro da Educação, Camilo Santana, expressou preocupação nesta terça-feira 16, sobre os dados do Exame Nacional do Ensino Médio, que mostram que menos da metade dos estudantes de terceiro ano do Ensino Médio da rede pública realizaram o Exame no ano passado.
Entre 1,1 milhão de inscritos vindos da rede pública, apenas 46,7% participaram do Enem. No ano anterior, ainda no rescaldo da pandemia, a taxa ficou em 38,1%. “A gente precisa identificar o motivo que esse jovem que está concluindo o Ensino Médio não está fazendo o Enem”, ressalta Santana.
Para identificar os motivos pelos quais os jovens não estão realizando a prova, o MEC junto ao Inep devem realizar uma pesquisa até março, a fim de mitigar os problemas para o Enem 2024, conforme anunciado na coletiva de imprensa.
“Não há custo nenhum para o jovem, é uma oportunidade para o acesso às universidades do País. Não há motivo do jovem não fazer o Enem, independentemente do resultado que ele obtiver”, disse o ministro, mencionando ainda a isenção da taxa de inscrição para os estudantes de escola pública.
Uma explicação possível para este cenário, segundo o ministro, é a falta de mobilização dos estados para incentivar os jovens, dado a discrepância da participação entre os entes federados, e também a falta de auxílio permanência para que quem consiga o acesso, possa se manter no Ensino Superior.
Os estados que tiveram a menor participação dos estudantes concluintes do Ensino Médio foram: Roraima (31,5%), Amazonas (40%) e São Paulo (41,4%).
Já os estados com maior participação foram: Ceará (80%), Goiás (73%) e Paraíba (68%).
De imediato, o MEC irá conceder um acréscimo a bolsa-poupança do Ensino Médio para os alunos do último ano realizarem o exame.
“O presidente hoje vai sancionar a lei da poupança para os jovens, e nessa lei eu posso adiantar que também terá um incentivo para o jovem que vai fazer o Enem. É uma forma de estimular que o jovem do terceiro ano faça a prova”, afirmou o ministro.
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