Educação

Cortes de bolsas da Capes atingiram mais a região Nordeste

A região teve 2063 cortes, o equivalente a 12% das bolsas antes vigentes. No Sudeste, o impacto foi de 6%

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Os cortes de bolsas para pós graduação feitos pelo governo Bolsonaro em 2019 atingiram mais cursos do Nordeste, de áreas como engenharia, educação e medicina. As informações são da Folha de S. Paulo. A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vinculada ao MEC (Ministério da Educação), sofreu bloqueios de orçamento no ano passado o que levou ao cancelamento de 7.590 bolsas para financiar pesquisas de pós-graduandos.

A reportagem avaliou os cortes dos chamados programas institucionais da Capes, em que a concessão do recurso ocorre entre o órgão e o programa de pós-graduação. Eles representam 7.114 benefícios, do total de cortes.

Ainda de acordo com a apuração, o número absoluto de bolsas canceladas foi maior no Sudeste. Porém, proporcionalmente, a região mais afetada foi o Nordeste.

No Sudeste, 2882 bolsas foram cortadas. Os cancelamentos, na região, representaram 6% do total, considerando que o Sudeste concentra o maior número de programas e órgãos de pesquisa. Já no Nordeste, as instituições perderam 2.063 bolsas, o equivalente a 12% das bolsas antes vigentes. Essa região do país tem um sistema menor e mais novo de pós-graduação e pesquisa.

No país, foram canceladas 8% das bolsas concedidas. Em 2019, o número de bolsas ofertadas foi de 85.138 contra 92.253 oferecidas em 2018. Grande parte dos cortes, 64%, foram feitos nas bolsas de mestrado. Os critérios adotados para a redução do benefício foram, primeiramente, o de ociosidade (embora não houvesse bolsas ociosas —elas seriam atribuídas a novos pesquisadores) e depois o de qualidade, com base em avaliações realizadas pela Capes.

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