Educação

Como abordar o tema da diversidade com crianças?

A autora Janaina Tokitaka e a cartunista Laerte pautam a necessidade de superar os estereótipos de gênero

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Por que nascemos diferentes? A pergunta disparadora deu início ao bate-papo entre a autora de livros infantis Janaina Tokitaka e a colunista Laerte no sábado 19, em evento produzido pelo Carta Educação em parceria com o selo Boitatá da editora Boitempo.

As convidadas abordaram o tema da diversidade com as crianças, pautadas também pelo lançamento do último livro de Janaina, Pode Pegar, que aborda de maneira bastante sutil e lúdica questões referentes a identidade de gênero.

Escrita para crianças em fase de alfabetização, a obra traz como protagonistas uma coelhinha e um coelhinho que não veem problema em trocar peças de roupas e acessórios entre eles.

“Formar para gênero é oferecer possibilidades, mostrar jeitos possíveis de você existir no mundo. A gente vive em um mundo no qual existem famílias diferentes e configurações para além das binárias masculino e feminino, então precisamos mostrar à criança que ela pode ocupar outro lugar no mundo”, refletiu a autora.

O livro, propositivo, traz a ideia de não restringir as crianças. “O menino pode usar saia, se ele quiser; a menina não precisa usar sempre vestido”, reforça.

A cartunista Laerte também questionou a imposição de padrões pela sociedade. “Precisamos refletir sobre como uma cultura que determina coisas apropriadas para um gênero ou outro pode ser opressiva e limitada. As crianças podem ser livres para quebrar esses estereótipos, mas também podem ser formadas para o contrário”, refletiu.

Ela também criticou o ataque à liberdade que muitas escolas e professores vêm sofrendo na tentativa de ofertar uma educação emancipatória. “Grande parte das questões que assombram a direita brasileira diz respeito a controlar a educação, intervir nas escolas impedindo que sejam territórios livres e deixar as crianças absolutamente entregues a um atraso”.

Para Laerte, é fundamental promover uma mudança acerca das questões de gênero. “Precisamos vencer certas etapas da diferenciação de gênero porque isso resulta em ferimentos e mortes”, assegurou.

Confira o bate-papo na íntegra:

Vídeo 1

Vídeo 2

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