Educação

As principais apostas de professores para os temas da redação do Enem 2023

Os candidatos terão de elaborar a redação em 5 de novembro, além de resolver 45 questões de linguagens e 45 de ciências humanas

Créditos: Wilson Dias / Agência Brasil
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Poucos dias separam os estudantes do primeiro dia da prova do Enem, marcada para o domingo 5, data em que os candidatos terão de desenvolver uma redação, além de resolver 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol) e 45 questões de ciências humanas.

A esta altura, muito já se especulou sobre os possíveis temas para a redação, que podem ser de ordem social, científica, cultural ou política.

A reportagem ouviu os professores Anderson Agappes Alkimim, da Uneafro Brasil; Savio Arcanjo Santos Nascimento, da Rede Emancipa; e Fábio Gusmão, docente de Linguagens e Redação do Sistema Positivo de Ensino. Veja as principais apostas dos educadores para o tema da redação:

1. Meio ambiente (lixo e queimadas);
2. Inteligência artificial;
3. Violência contra crianças e adolescentes;
4. Etarismo;
5. Segurança nas escolas;
6. Marco Temporal;
7. Descriminalização da maconha; e
8. Objetivos do desenvolvimento sustentável (erradicação da pobreza, fome zero, agricultura sustentável, educação inclusiva, trabalho decente, redução da desigualdade social, cidades sustentáveis).

Dicas e regras para escrever a redação

Para o professor Anderson Alkimin, é fundamental que os estudantes “saiam de casa cientes de que terão de resolver um problema na redação”. Ele se refere à estrutura da prova, com a apresentação de textos motivadores para, a partir deles, solicitar uma redação dissertativa-argumentativa sobre o tema.

O texto do candidato ainda deve conter uma proposta de intervenção.

Ao desenvolver o texto, os candidatos devem introduzir o tema, apresentar seu ponto de vista, elaborar os argumentos e, então, chegar à proposta de intervenção.

O professor Fábio Gusmão destaca ainda a importância de os candidatos recorrerem ao seu repertório ao construírem seus textos. Eles devem, nesse sentido, agregar outros elementos discursivos, como fazer alusões literárias, a ditados populares ou a outros recursos que dialoguem com a temática.

Outro ponto destacado pelo professor Sávio Arcanjo é que os candidatos não infrinjam os direitos humanos ao escreverem seus textos, sob risco de gerar uma penalidade na avaliação.

Os candidatos são avaliados na redação com base em cinco competências, segundo a cartilha do Inep:

– Competência I: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
– Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
– Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
– Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e
– Competência V: elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Cada competência pode ter nota atribuída de 0 a 200, compondo um total de 1.000 pontos possíveis para a redação. Na outra ponta, também há critérios definidos para zerar a redação, entre eles:

  • fuga do tema proposto;
  • desobediência ao tipo dissertativo-argumentativo;
  • cópia de textos da prova de redação e/ou do caderno de questões sem que haja pelo menos oito linhas de produção própria; e
  • uso de impropérios ou outros termos ofensivos.

Relembre temas de Redação do Enem:

2022: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil
2021: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil
2020: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira
2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil
2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

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