Após caso na Vila Sônia, Comissão da Câmara aprova audiência pública sobre violência nas escolas

A proposta, feita por parlamentares do PSOL, foi aprovada dois dias depois do ataque, que deixou uma professora morta e cinco pessoas feridas

Imagem: Reprodução/Google

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A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira 29, a realização de uma audiência pública para debater o tema violência nas escolas e a proteção de crianças, adolescentes e profissionais da educação.

A aprovação acontece dois dias depois do ataque à escola Escola Estadual Thomazia Montoro, que deixou uma professora morta e mais cinco pessoas feridas.

O requerimento foi assinado pelos deputados do PSOL, Tarcísio Motta, Sâmia Bomfim, Ivan Valente, Glauber Braga, Luciene Cavalcante e Chico Alencar. No documento, os parlamentares destacam o aumento dos casos de ataques às escolas, citam preocupação com a escalada violenta e criticam os valores suscitados pela sociedade

“O agente da violência não é a instituição escolar em si. A escola está dentro da sociedade e não apartada dela. Os valores que a sociedade elege como válidos e corretos forma toda uma geração. Porque o aprendizado é uma questão também global, muito mais do que aprender uma matéria”, pontuam.

E acrescentam: “Nos últimos anos o que nós vimos foi uma disseminação da noção de que a violência é a forma correta de agir na sociedade – xingar as pessoas, encarar conflitos com brigas, ridicularizar quem é diferente de você, agredir de todas as formas as mulheres, valorizar armas e a posição do macho. Uma escalada do o racismo, a misoginia, a xenofobia. Aqueles que eram crianças no início do último governo hoje são adolescentes – quem tinha 9/10 anos, hoje tem 13/14 anos. Aprenderam que a violência é a forma de se comunicar e viver”.

Os proponentes ainda sugerem que sejam convidados para a audiência os seguintes especialistas: a coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda; o educador Daniel Cara; a consultora em educação, Juliana Meato; a professora Catarina de Almeida Santos; a pesquisadora Letícia Oliveira; e Rogério Diniz Junqueira, pesquisador do Inep.


 

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