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Edital estimula futuras cientistas

Até o dia 28 as escolas públicas de Ensino Médio e organizações sociais que se dedicam à promoção da educação, defesa dos direitos das mulheres e direitos humanos de todo país poderão inscrever projetos no II Edital Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas. O […]

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Até o dia 28 as escolas públicas de Ensino Médio e organizações sociais que se dedicam à promoção da educação, defesa dos direitos das mulheres e direitos humanos de todo país poderão inscrever projetos no II Edital Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas. O objetivo do edital é apoiar técnica e financeiramente iniciativas de educação que incentivem meninas do Ensino Médio a se interessam pelas áreas de exatas e ciências tecnológicas, atuem na promoção de equidade de gênero e busquem superar os estereótipos nas escolas públicas.

Edital seleciona dez projetos que promovem equidade de gênero e superação de estereótipos nas escolas públicas de Ensino Médio de todo o país. A iniciativa é fruto da parceria entre ELAS Fundo de Investimento Social, Fundação Carlos Chagas e Instituto Unibanco e conta, nesta edição, com a ONU Mulheres.

Desenvolvimento

Os projetos selecionados deverão ser executados em até dez meses (de fevereiro a novembro de 2018). Cada um receberá até R$ 35 mil e contará com apoio técnico. Os critérios de seleção são: ações pertinentes ao objetivo do edital; adequação da metodologia e aplicação dos recursos; viabilidade técnica; alcance na comunidade escolar e impacto social local; inovação; e potencial para ser replicado em outras escolas.

A seleção será feita pelo Comitê de Seleção do Fundo ELAS e representantes do Instituto Unibanco, Fundação Carlos Chagas e ONU Mulheres. Os interessados deverão preencher o “Formulário para Solicitação de Apoio a Projetos”, que pode ser acessado no site do Instituto Unibanco (clique aqui) ou no edital (clique aqui), e enviar pelos Correios (Rua Hans Staden, 21 – Botafogo, CEP 22281-060 – Rio de Janeiro (RJ) – Brasil).

Estereótipos contribuem para que meninas se desinteressem pelas exatas  

Embora as mulheres sejam a maioria entre os estudantes no Ensino Superior, o campo das ciências exatas e tecnológicas (matemática, física, química, estatística, computação, tecnologia e ciências naturais) ainda é ocupado majoritariamente por homens. Em 2016, por exemplo, quase metade dos aprovados no processo seletivo da Fuvest, para as principais faculdades de São Paulo, eram mulheres. Porém, a participação delas nos cursos de ciências exatas não  chega a um em cada cinco estudantes. Apenas 18% são mulheres na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e 23%2, na Física.

O aspecto sociocultural tem forte influência na escolha das carreiras, pois tende a atribuir comportamentos e atitudes diferentes conforme o gênero. A Unesco apontou essa questão no relatório mundial Gender and Education for All: The Leap to Equality, de 2007, e mostrou que as meninas não buscam as ciências exatas, as tecnologias e os estudos técnicos na mesma proporção que os adolescentes do sexo masculino, embora haja variação por área temática e por país. Esse comportamento seria alimentado por ações que ocorrem tanto na escola como na própria família e resultaria em desigualdade de acesso a recursos técnicos e financeiros para a formação de mulheres nessas áreas.

O relatório da Unesco relata ainda que esse contexto influencia o interesse e a autoconfiança na capacidade de sucesso das estudantes, e que as mulheres bem-sucedidas nas áreas das ciências exatas são pouco conhecidas e vistas como exceções. Neste sentido, a escola tem papel fundamental na sociedade como espaço de socialização, formação e disseminação de valores.

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