Os vilões do mundo

Sem contar a mídia nativa, incapaz de perceber o acerto da política brasileira

Imagem: Haim Zack/GPO/Israel e Ng Han Guan/Pool/AFP

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Onde há de se originar o surto de ódio a tomar conta do grande vilão do momento, ou seja, ­Benjamin Netanyahu? Nesta área sombria dos humores do vilão, antes dos palestinos caberia a referência ao povo alemão, que tão compactamente envergou o uniforme nazista e se engajou na jornada antissemita, a ser registrada historicamente como Holocausto. Tal personagem poderia ser evocada para firmar a primazia do criminoso de guerra em sua denodada faina de destruir até a última alma e o último telhado, de sorte a riscar de vez do mapa o Hamas.

Na consagração da absurda crença de que os opressores são as vítimas dos oprimidos, o Hamas resulta de verdade da revolta palestina, afastada sem remissão a moldura infame de uma guerra muito além de desigual. Caso quiséssemos definir com precisão histórica, a situação precipitada pela atitude de Tel-Aviv, teríamos de citar também a contribuição ofertada a Netanyahu pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, perdido na observação do vácuo de Torricelli e acossado pelo crescimento nas pesquisas na candidatura provavelmente assustadora de Donald Trump, que o próprio filho define desrespeitosamente como “artista”.

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4 comentários

Paulo Cesar de Abreu Cobucci 17 de novembro de 2023 12h36
pcac
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 18 de novembro de 2023 15h34
Varsóvia de 39-40 continua a me vir à memória…
José Carlos Gama 18 de novembro de 2023 22h32
O Hamas nada mais é que uma criação do poder autoritário de Israel. Uma criação controlada para no futuro destruí-la com o beneplácito do grande irmão. E o futuro chegou às 6:30 do dia 07 de outubro de 2023.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 19 de novembro de 2023 05h41
Por trás da tirania e da crueldade de Netanyahu contra o povo palestino esconde-se nele o medo de ser responsabilizado pelos crimes cometidos em seu governo, enquanto Joe Biden derrete no seu próprio partido democrata através da adesão e permissividade insana das barbaridades cometidas pelo primeiro ministro israelense através dos bombardeios na Faixa de Gaza. Para entendermos o que se passa na cabeça do soberano judeu que age tiranicamente, resta-nos recorrer não ao velho mas ao novo testamento no sermão da montanha pois felizes são os mansos , porque eles herdarão a terra, no caso dos palestinos. Para Biden e Netanyahu , felizes são os misericordiosos porque eles alcançarão a misericórdia. Já para o presidente Lula e Celso Amorim podemos dizer bem-aventurados os que agem em prol da paz pois eles serão chamados filhos de Deus. É isso, caro Mino!

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