Onde há de se originar o surto de ódio a tomar conta do grande vilão do momento, ou seja, Benjamin Netanyahu? Nesta área sombria dos humores do vilão, antes dos palestinos caberia a referência ao povo alemão, que tão compactamente envergou o uniforme nazista e se engajou na jornada antissemita, a ser registrada historicamente como Holocausto. Tal personagem poderia ser evocada para firmar a primazia do criminoso de guerra em sua denodada faina de destruir até a última alma e o último telhado, de sorte a riscar de vez do mapa o Hamas.
Na consagração da absurda crença de que os opressores são as vítimas dos oprimidos, o Hamas resulta de verdade da revolta palestina, afastada sem remissão a moldura infame de uma guerra muito além de desigual. Caso quiséssemos definir com precisão histórica, a situação precipitada pela atitude de Tel-Aviv, teríamos de citar também a contribuição ofertada a Netanyahu pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, perdido na observação do vácuo de Torricelli e acossado pelo crescimento nas pesquisas na candidatura provavelmente assustadora de Donald Trump, que o próprio filho define desrespeitosamente como “artista”.
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