Editorial
O quartel de Abrantes
As consequências da lava jato deixam até agora tudo como Dantes. E até com novidades
É do conhecimento até do mundo mineral que o Brasil é o país onde tudo é apurado minuciosamente, mas nada é decidido quando a apuração termina. Para exemplificar, a Operação Lava Jato, tão daninha para o País, até hoje não mereceu a punição unânime dos poderes da República, a começar pelos sentinelas da Constituição. Neste exato instante, está em curso a tentativa de adiar o processo que já espana o banco dos réus para receber o ex-procurador Deltan Dallagnol, covardemente encaminhado ao foro privilegiado por sua condição de recém-eleito a deputado federal.
Está em curso a tentativa de alargar o processo, como seria inevitável, para incluir Sergio Moro e sua mulher, ambos envolvidos da ponta dos sapatos à raiz dos cabelos. É fato extraordinário: uma operação que tantos males causou ao Brasil ainda não teve o devido julgamento pelos inúmeros crimes cometidos. Durante a prisão de Lula, CartaCapital convidou o jurista italiano Luigi Ferrajoli para analisar com a necessária competência o andamento do processo. O convidado não hesitou em apontar os delitos praticados à sombra da República de Curitiba.
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