O jogo do faz de conta

O chamado debate exibe apenas o atraso e a imaturidade do País na tentativa vã de decifrar a si mesmo

Bolsonaro confia, sobretudo, nas contribuições em dinheiro vivo do empresariado nativo - Imagem: Nelson Almeida/AFP

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Desde fevereiro de 1978, revistas dirigidas pelo acima assinado apoiaram incondicionalmente o comportamento de Lula, primeiro como líder sindical, depois como perseguido pela ditadura e, enfim, como presidente da República, de 2002 até o impeachment de Dilma Rousseff, apoiada para garantir a continuidade do governo.

Com esta definição clara da linha política, antes de IstoÉ, depois de ­CartaCapital, surgiu uma forte amizade inspirada pela admiração e pelo respeito da publicação e, finalmente, pelo afeto, conforme é do conhecimento até do mundo mineral. Esta orientação, aliás, me levou à demissão na IstoÉ, em agosto de 1993, motivada por desavenças com Domingo ­Alzugaray, que pretendia mudar a posição da revista. Graças ao meu sobrinho Andrea, que substituíra meu irmão Luís na direção de ­Vogue, e gostaria de lançar uma publicação chamada CartaCapital, destinada a cobrir eventos políticos e econômicos, voltei à prática do jornalismo que mais aprecio e tratei logo de confirmar a orientação já voltada ao apoio ao bem-sucedido metalúrgico Luiz Inácio da Silva.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 22 de outubro de 2022 23h26
Esses debates, como o da TV Bandeirantes, são mesmo inócuos nos dias atuais, visto que pelas regras , pelo formato e tempo dispensado aos candidatos, não se permite que eles tracem um panorama das mazelas e problemas crônicos que sofre a nação e o país nos dias de hoje. Quanto a Bolsonaro, o que ele só sabe fazer é mentir, fugir e tergiversar, sobre as falcatruas, descaso com os mais humildes, tentativas de superfaturamento com a pandemia, orçamento secreto, falas preconceituosas e criminosas de si e de seus colaboradores, como Damares Alves, eleita senadora pelo DF, que nos estarreceu de sobremaneira com suas falas irresponsáveis e criminosas, além de outras figuras que nos deixaram em choque. O Brasil sempre foi prolífico em grandes pensadores, políticos, jornalistas sociólogos, filósofos, juristas... no entanto, agora a com a atual decadência e carência de valores do porte de um Florestan Fernandes, Raymundo Faoro, Gilberto Freyre, Celso Furtado, Caio Prado Junior, Darcy Ribeiro, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Leonel Brizola , tremendamente melancólica. O mundo está carente de líderes e pensadores, o Brasil mais ainda, resta-nos a esperança de sempre: Lula. Esperemos que a grande mídia e uma certa classe empresarial e econômica, aprendam quando mais uma vez o ex metalúrgico e ex presidente voltar ao poder e não façam ao país o que fizeram e tramaram contra Dilma e a democracia brasileira dando um golpe que a apeou do poder e condenou um inocente como o ex presidente, levando o país a beira do abismo fazendo com que fosse eleito um presidente beócio como Jair Bolsonaro jogando o país em sua mais profunda crise institucional, econômica, sanitária, educacional, cultural, e, principalmente, moral.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

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