O antídoto

Livrar-nos de Bolsonaro é a prioridade, e Lula é a aposta certa

21 de Abril, Heliópolis homenageia Lula - Imagem: Amauri Nehn/Brazil Photo Press/AFP

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A condenação de Tiradentes, que recentemente celebramos com direito a feriado, é episódio histórico amplamente simbólico. Exibe a crueldade lusitana a colocar a nossa colonização entre as mais ferozes já acontecidas no planeta. Por outro lado, o alferes, além de ter o dom de extrair dentes e com esmero o pusesse em prática, era altamente representativo de uma Minas Gerais que, no século XVIII, dava lições de bem viver, a exibir a contemporaneidade com o mundo europeu, de sorte a prometer um Brasil infinitamente melhor do que o atual.

Em relação à Minas de 1700, o ­Brasil de hoje é espantosamente atrasado. Nem falo da elegância da arquitetura de ­Ouro Preto, Congonhas do ­Campo,­ ­Mariana e Tiradentes, entre outras cidades da época, tampouco me refiro ao ­Aleijadinho, milagroso escultor em pedra-sabão inspirado por gravuras de obras de ­Michelangelo. Aludo, isto sim, ao avanço político daquela importante região brasileira, que por tudo estava tão à frente do Brasil de então, até música erudita de qualidade por lá se ouvia.

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2 comentários

Marluzio Ferreira Dantas 25 de maio de 2022 18h43
Antes tarde do que nunca, aludo, aos desalentados de hoje.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 6 de maio de 2022 12h57
De fato, caro Mino, Lula tem a hercúlea e , ao mesmo tempo, nobre missão de tirar o País da enrascada, do abismo social e do demente que ocupa a presidência da República que essas ditas elites nos impingiram e nos aflige. O ex presidente Lula não é Tiradentes, mas da mesma maneira que o alferes com suas ideias de libertar o Brasil do jugo lusitano, pagou amargamente com sua vida de maneira cruel, tendo até os seus descendentes sofrido as consequências, eis a semelhança com o nosso Lula, que vítima de um juiz desonesto e de uma operação judicialiesca e policialesca tentaram fazer com ele o mesmo que se fez com Tiradentes através dessas tais elites. O Brasil não é o mesmo do Brasil do século XVII, que prometia fazer dessa nação uma grande potência, com tanto talento e tanta genialidade a exemplo de um Aleijadinho ou de um político da qualidade de um José Bonifácio de Andrada. Mas felizmente temos o próprio ex presidente, que em uma recente entrevista à revista Time, demonstrou muita coerência , clareza e soberania e altivez em suas palavras ao falar da guerra Ucrânia e Rússia,dizendo claramente quem foram os responsáveis pelo conflito, despertando admiração perante o mundo, mas também ciúmes e inveja em seus adversários políticos. A eleição de Lula significa a retomada do país ao pós golpe para retomar a caminhada para a democracia e deixar claro para a Casa Grande que não pode existir mais Senzala, porque persistindo essa estrutura de dominação e sujeição do povo, o país jamais sairá do atraso com o abismo social, cultural, econômico e moral que só irão se aprofundar.

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