Tenho por você o afeto de uma sólida amizade de 45 anos e, como já se deu em inúmeras ocasiões, CartaCapital o apoia em tudo e por tudo no embate eleitoral contra o energúmeno demente. Há uma prioridade absoluta em jogo: livrar o Brasil do monstro. Você há de lembrar que sempre repeti, por vezes, na presença de outros convidados ao seu escritório no Instituto Lula, que, para resolver o maior problema brasileiro, o desequilíbrio social gigantesco, seria necessário verter sangue na calçada. Ou seja, deflagrar o confronto com os ricos do País.
Nessas ocasiões, você respondia já ter ouvido a mesma frase de outro amigo, o qual na verdade pretendia uma enxurrada sangrenta a chegar bem acima dos calcanhares. A franqueza, no meu entendimento, é própria de uma amizade como a nossa, até mesmo indispensável. O problema, até hoje sem solução, da injusta distribuição de renda é entrave decisivo para uma democracia autêntica. Simplesmente a impede, embora tantos pronunciem a palavra sem lhe conhecer o significado. Liquidar o fanático do Apocalipse que pretende nos governar novamente é obra de pura misericórdia, a bem do País e do seu povo.
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