Abri uma gaveta esquecida e encontrei uma carta, escrita de próprio punho, que Lula me mandou ainda da prisão de Curitiba, vítima da chamada Lava Jato, obra famigerada de dois criminosos chamados Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Dizia Lula: “A história irá mostrar ao mundo o crime, a sandice e as mentiras do Ministério Público de Curitiba, as mentiras de Moro na sentença e também as mentiras do TRF 4”. Prossegue, inclusive, com elogios ao meu comportamento “como jornalista e como homem”. Termina dizendo: “Parabéns a você, à CartaCapital e a todos que, juntos com você, resistem para não deixar o Brasil afundar”. Assina: “O companheiro de sempre”.
Quanto a Moro e Dallagnol, elegeram-se covardemente, o primeiro para o Senado, o outro para a Câmara, com a intenção evidente de evitar contra ambos a ação da Justiça, à qual caberia condenar os criminosos. À época de suas atuações na República de Curitiba, não esqueçamos o apoio entusiasmado que receberam da mídia nativa, à frente do espanto de juristas de fama mundial. Até Cesare Beccaria, autor, em meados de 1700, de uma obra fundamental, ainda válida, intitulada Dos Delitos e das Penas, revirou-se em seu túmulo.
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