Lula, somente Lula seria capaz da façanha que a mídia estrangeira celebra com a sua vitória nas eleições de domingo passado. O ex-presidente de volta ao poder é o único líder com a capacidade de eliminar em definitivo Jair Bolsonaro e o bolsonarismo. A revista CartaCapital também celebra, sem deixar de se associar à ideia da confiabilidade do País governado novamente por quem, em 2002, derrotou Fernando Henrique Cardoso. Diga-se que o derrotado se saíra da pior maneira: quebrara três vezes o País, comprara votos parlamentares para conseguir a emenda constitucional da reeleição, aceitara a humilhação do monitoramento do FMI, exercido dos EUA pelo diretor Paul Volcker e no Brasil por seus janízaros. Bom lembrar que Lula, ao assumir, liquidou a dívida e a humilhação.
A confiabilidade daquele novo governo renova-se agora intacta. Imagina-se a repetição daqueles tempos em que o Brasil teve muito peso no cenário político global, ficou o tempo inteiro na ribalta com seu excelente desempenho internacional, uma contribuição notável do então chanceler Celso Amorim. Enquanto isso, aconteciam importantes e vultosos investimentos de capital estrangeiro.
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