Na noite de segunda-feira 12, os jornalistas-torcedores, deslocados para a cobertura do Mundial de futebol, ou ainda presentes no Brasil, clamavam em uníssono a convocação urgente de um técnico estrangeiro, possivelmente o italiano Carlo Ancelotti, que no momento comanda o Real Madrid. Trata-se de um coach de indiscutível qualidade, assim como ele foi um excelente meio-campista na idade conveniente, quem sabe melhor que o nosso Casemiro. Não foi necessário um estudo demorado, uma análise acurada: aos meus ouvidos a escolha de Ancelotti significou o reconhecimento de uma derrota anunciada e do fracasso de Tite.
Com raríssimas exceções, todos advogavam a candidatura de Ancelotti e a confissão do malogro pareceu-me evidente. Depois do passado de bom jogador, ele treinou times italianos e, finalmente, surgiu à testa de equipes estrangeiras, para encantar o público do Santiago Bernabéu. Neste campo, os profissionais da mídia nativa costumam entrar na ponta dos pés, embevecidos pela grandiosidade do espetáculo. A última passagem de Ancelotti pelo futebol italiano deu-se quando foi chamado a treinar o time do Napoli, mas ali não obteve sucesso, talvez em razão de turbulências eclodidas no vestiário. Hoje, a equipe napolitana é comandada, desde maio de 2021, por Luciano Spalletti, técnico muito bem cotado na Europa.
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