Comovam-se

Na manhã da quarta-feira 21, o presidente Lula visitou o papa na sala de audiências do ­Vaticano. O óbvio objetivo da visita é a luta que ambos conduzem a favor da paz mundial. Na faustosa circunstância, uma pergunta é inescapável: a suprema autoridade nacional entende que o esforço papal não é suficiente? Ou tenciona demonstrar a incompetência do pontífice no trato de determinados e tão complexos assuntos? Ou pretende, como não falta quem sugira, tirar grosseiramente o pão da boca de Francisco?

Essas perguntas são formuladas nos mais diversos recantos do globo, a se considerar a frequência dos voos internacionais do supremo mandatário. Cobriu praticamente todas as rotas já enfrentadas por aquele cidadão britânico Phileas Fogg, personagem de Júlio ­Verne, batido no confronto ao dar a volta ao mundo em 80 dias, completando-a com a colaboração de um simples balão. Deste e de muitos outros pontos de vista, a modernidade do presidente impõe-se claramente, de sorte a precipitar admiração do mundo. Certo é que Lula visitou ­Francisco com a expressão contrita do fiel coerente, do crente convicto, e assim cuidou de mostrar o caminho certo para todos humanidade afora, com a certeza plenamente justificada do dever cumprido. •