À espera do apocalipse

A guerra no Oriente Médio mostra largamente que o Estado Judeu nada aprendeu com a feroz perseguição nazista

Eis os grandes vilões do conflito insano: o algoz alegra-se com a sua própria ferocidade enquanto Biden exibe a expressão de conivente pobre-diabo – Imagem: Andrew Caballero-Reynolds/AFP e Amos Ben Gershom/Gabinete do Primeiro Ministro de Israel

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Se, de improviso, os ouvidos do leitor forem alcançados por um ruído inédito, estranho e eventualmente avassalador, não se espante. Trata-se do tropel dos cavaleiros do Apocalipse. São quatro e representam a guerra, o fogo, a fome e a pestilência. Periodicamente assolam o mundo, esta modesta bola de argila destinada a rodar elipticamente em torno do Sol.

Civilizações desapareceram da face do planeta, por obra destes eventos cruentos. Outras ocasiões houve para convocar os cavaleiros, motivadas pela própria natureza. Segundo ­Nietzsche, a natureza criou o homem e o mistério de um universo sem tempo e espaço. Assim desapareceram os reinos mesopotâmicos e com eles a Babilônia, e daí por diante os hititas, os assírios, os egípcios e outros mais. Cabe aqui, inclusive, a história da Atlântida e mesmo de uma civilização completamente desconhecida, embora tragada pelo Mar do Norte no quadro de um cataclismo capaz de criar o Báltico, a Inglaterra e a Irlanda, bem como os países nórdicos.

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2 comentários

FRANCISCO EDUARDO DE CARVALHO VIOLA 10 de novembro de 2023 16h39
parece a fábula do escorpião e o sapo, só que eh do homem e o homem. eh da natureza dele. ele vai se picar.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 13 de novembro de 2023 01h06
Caro Mino, seria interessante refletir, que com o advento da peste da COVID que fez milhões de mortos no mundo , além dos chamados sequelados, o mundo havia parado, as guerras praticamente inexistentes, as mortes praticamente se restringiam ás vítimas da pandemia. Essas tragédias bélicas haviam arrefecido um pouco e o inimigo maior era o vírus. Bastou se debelar a mortandade da peste pelo mundo e os problemas reapareceram, as diferenças ressurgiram e a face cruel dos mandatários se arvorando em justiceiros sem o menor pudor, ressurgiram. O problema é que, em relação ao conflito atual envolvendo o Estado Israel contra o Hamas, as principais vítimas são o civis, crianças, idosos, gestantes. Boa parte dos governos se calam, a União Europeia se cala, a grande mídia se cala e ainda põe Israel como vítima a se justificar sua auto defesa. Mas o episódio do ataque do Hamas foi pontual, o certo seria Israel desmantelar o Hamas através da inteligência, não a matar civis inocentes bombardeando Gaza diuturnamente numa triste catástrofe humanitária. Os responsáveis, Netanyahu e cia deveriam ser réus num tribunal internacional penal como Nuremberg, o que vimos e vemos é um holocausto palestino. Estaríamos a porta de um Armagedon? O tempo estará próximo? Veremos!

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