A agressão

A Rússia de Putin ataca a Ucrânia para recuperar os domínios da URSS

Foto: Andrew Caballero-Reynolds/Pool/AFP

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O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, já ouve a se elevar do horizonte o tropel dos cavaleiros do Apocalipse. Prevê o alargamento do conflito provocado pela agressão da Rússia de ­Vladimir ­Putin à Ucrânia, apoiada pela ajuda da União Europeia. A vida humana sempre teve de enfrentar turbulências de extrema tensão, mas desta vez a ameaça traz à tona a imagem do cogumelo atômico, e ­Guterres não exagera nos seus temores: inquebrável parece ser a determinação do líder russo, empenhado em recuperar o espaço outrora dominado pela URSS.

Nesta investida, ele chega a contar com o apoio de uma figura folclórica e deplorável, Silvio Berlusconi. Com sua atitude, o grotesco personagem põe em dificuldade o atual governo de Giorgia Meloni, que seu partido, o Forza Italia, apoia desde a posse. Especialistas em Berlusconi vaticinam um recuo do próprio, a alegar ter sido mal-entendido. Sobra apenas o ruído provocado por esta intervenção, descabida já no propósito inicial. De todo modo, Putin não esmorece no ataque e leva a União Europeia a um envolvimento crescente. A esta altura, os governos democráticos ocidentais não têm a menor possibilidade de escapar a algo passível de definir como obrigatório, a salvaguarda do Oeste ameaçado.

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5 comentários

MARILIA DOS SANTOS AMORIM 19 de fevereiro de 2023 17h45
Já tenho uma conta, estou logada e o acesso à integralidade da matéria me é negado.
Denise Aparecida Bonifácio 17 de fevereiro de 2023 21h19
Denise Aparecida Bonifácio 17 de fevereiro de 2023 21h19
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 17 de fevereiro de 2023 16h27
Essa agressão de Putin, na minha visão , caro Mino, é muito relativa.O presidente Vladimir Putin, bem antes da invasão da Ucrânia, tentou exaustivamente negociar no sentido de que este país vizinho não entrasse na OTAN. As regiões de Donetsky e Luhansky onde morreram mais de 14 mil civis de maioria civil de origem russa foi violentamente atacada pelos ucranianos e o ocidente nem a mídia ocidental fizeram ou não disseram nada a respeito. Se o presidente russo foi intrépido a invadir a Ucrânia porque a União Europeia juntamente com os Estados Unidos não tentaram convencer o país governado por Volodymir Zelensky a conter seus ânimos a provocar os vizinhos russos? Querem, na verdade, se expandir para todo o leste europeu, enfraquecendo o governo nacionalista de Putin para depois investir contra a China para enfraquecer também este país, eis a questão. Não se trata de defender governos de direita ou de extrema-direita, mas de expor o outro lado da história e da geopolítica. De fato, o presidente Lula, ninguém melhor do que ele, que além de tudo tem um apreço pelo líder russo, seria capaz de dar um fim a essa guerra, Lula tem um poder de conciliação e convencimento de entusiasmar qualquer líder mundial. Se Lula conseguir esse feito, deveria ser indicado ao prêmio Nobel da Paz, que já merece de há muito tempo, por sinal. Quanto aos cataclismos e acidentes geográficos vividos pela Turquia e Síria, com mais perdas de vidas humanas, seria preciso , nos atuais tempos tecnológicos em que vivemos termos aparelhos tecnológicos para se prever a iminência desses desastres que nos fazem refletir e lamentar sobre a natureza humana e sobre essa ira da natureza que, infelizmente atinge tantos inocentes que vivem a mercê do rearranjo das placas tectônicas.
Rafael Camargo de pauli 17 de fevereiro de 2023 14h44
A expansão da OTAN desde 1999, culminando nas negociações para adesão da Ucrânia, o massacre de Odessa em 2014 e o não cumprimento dos acordos de Minsk por parte da Ucrania, deveriam ser considerados nas elucubrações/divagações do Mino.

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